Inauguração das instalações no Jardim da Fundação Calouste Gulbenkian
2013 - Alminhas - 4 peças com dimensões variáveis - papel recortado à mão -
Fundação Calouste Gulbenkian - Próximo Futuro
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ALMINHAS
Catarina Branco fundamenta e
desenvolve o seu trabalho a partir da plasticidade das vivências quotidianas e
do imaginário popular, estabelecendo, para esse fim, relações internas. A
emoção e o uso do recorte do papel, como técnica herdada dos seus antepassados,
permitiu-lhe interpretar as histórias de um povo nas suas mais diversas formas.
Contrariamente, ao que seria expectável, as quatro - Alminhas - projectadas
para o jardim da Gulbenkian, são uma homenagem à vida e evocam um poder
invisível, misterioso, fonte de vida, meio de purificação, símbolo de
felicidade e um triunfo da vida sobre a morte, segundo a artista. Apresentam-se
como objectos catalisadores de energia, lugares de oração, de meditação onde
poder-se-á depositar oferendas em troca de protecção e facilitar o encontro
connosco próprios. As Alminhas surgem em diferentes espaços do jardim,
preferencialmente em zonas com maior densidade vegetal, no meio das pequenas
matas, por serem locais de repouso, de serenidade, de aparições, de revelações
e de reconciliação que conduzem a uma paragem quase obrigatória e à reflexão.
Na perspectiva da artista as peças transmitem luz, são espíritos bons, convidam
à meditação, dão esperança e proporcionam novas oportunidades. O aspecto floral
- que as peças apresentam - traduz as virtudes da alma, a perfeição espiritual,
a floração, o regresso ao centro, à unidade. São tesouros, reservatórios da
vida espiritual e receptáculos de influências celestes.
Catarina Branco afirma que a
história diverge em dois sentidos: o coletivo - que apela para um património
local; e um subjetivo - que reclama o valor da capacidade criativa. Considera,
ainda, um terceiro que apela à contemporaneidade associada à globalização (nas
suas mais difusas manifestações), na medida em que procura reflectir sobre as
questões que se prendem com a sua identidade e, ao mesmo tempo, com culturas de
outras origens. A fusão de referências permitiu-lhe diferentes leituras
identitárias, mesmo quando são ficcionadas. A ficção dá-lhe liberdade criativa
e torna-se num instrumento de trabalho necessário à sua criação e ao seu
processo criativo. As barreiras culturais são quebradas proporcionando
interligações entre diferentes e diversas identidades, visto que a sua obra não
possui um carácter meramente regionalista, focalizado apenas numa determinada
cultura, mesmo tendo em consideração a enorme riqueza da história popular
Açoriana.
A artista elabora novas formas
de expressão, por intermédio de uma perspectiva mais contemporânea através da
sua capacidade de reflecção sobre outras culturas, alargando o seu saber, ao
expandir-se pelo mundo, investigando e criando mapas, desenhando novos
caminhos, permitindo-nos obter uma visão mais global. E, simultaneamente,
valorizar, descobrir ou reinterpretar aquilo que é, ou julgamos ser, a nossa
identidade. A carga espiritual que as obras possuem, e emanam, é muito poderosa
e específica. Manifesta-se através de múltiplos sinais acompanhados por uma
luminosidade invisível que faz a ligação comunicacional com o mundo terrestre, por
intermédio do seu corpo e da materialização das formas criadas. As suas peças
apresentam um aspecto místico, quase tribal, que nos remetem para poderes
enigmáticos e curativos. Esta carga energética - medicinal e purificadora -
possibilita o encontro entre o divino e o nosso estado mais íntimo,
transportando-nos para um espaço alternativo, no qual estamos em pleno contacto
com a serenidade dos jardins e com a sua densidade vegetal - originando
metamorfoses botânicas e uma troca de múltiplas experiências sensoriais.
Catarina Branco realiza uma
homenagem à natureza e ao exotismo das plantas vindas de outros países e que,
de forma luxuriante, marcam presença no jardim da Fundação Gulbenkian, num
apelo à contemplação e ao recolhimento.
CATARINA BRANCO (1974)
Nasceu em S. Miguel, nos
Açores, onde vive e trabalha. Licenciada em Pintura pela Faculdade de Belas
Artes de Lisboa, a artista utiliza como meio de expressão o papel nas suas
dimensões mais escultóricas, sendo o recorte e a dobragem as técnicas mais
utilizadas. Uma longa pesquisa sobre a história do arquipélago e, de forma mais
particular, um regresso persistente às suas memórias de infância, têm estado na
base da elaboração do discurso artístico da artista. A presença dos rituais religiosos
e da relação com o sagrado são marca evidente e assumida nas suas criações.
As Alminhas, pequenos nichos tipicamente
portugueses que se encontram nas encruzilhadas das estradas e que, na origem,
são postos de oração para peregrinos, são o ponto de partida para as obras que
Catarina Branco trás para os Jardins da Fundação. Utilizando os trilhos do
espaço desenhado pelo Arq.º Gonçalo Ribeiro Telles, a artista procurou locais
de recolhimento e de contemplação numa provocação à reflexão e à meditação.
As Alminhas que aqui vemos
assemelham-se aos andores das procissões do Santíssimo ou aos Tabuleiros de
Tomar. Estão adornados de referências de culto religioso, mas também de usos
pagãos ou de criações artísticas. A artista faz desta forma um registo de
memórias, particulares e coletivas, num esforço de materializar, num registo
contemporâneo e ficcional, a história e a tradição das ilhas.
CATARINA
BRANCO (1974)
Born
in S. Miguel, in the Azores, where she still lives and works, she graduated in
painting from the Lisbon Faculty of Fine Arts. As her means of expression, the artist
deploys paper in its most sculptural dimensions with cutting and folding among
her favourite techniques. Long research into the history of the Portuguese
archipelago and, in a more personal fashion, a constant return to her childhood
memories have underpinned the development of her artistic discourse. The
presence of religious rituals and the relationship with the sacred are a clear
and openly assumed characteristic of her artistic creativity.
The
Alminhas (The Little Shrines/Souls), small
and very traditional Portuguese niches that are found
at road junctions and that were originally places for pilgrims to pray, provide
the departure point for these works that Catarina Branco brings to the
Foundation’s Gardens. Adopting the pathways laid out by the architect Gonçalo
Ribeiro Telles, the artist sought out the places of seclusion and contemplation
with the objective of nurturing reflection and meditation.
The
Alminhas that we see here resemble the processional statues of
Easter Week or Tomar’s Tabuleiros. They are adorned not only with references to
religious worship but also pagan habits and artistic creativity. Thus, the artist
proposes a type of record of past memories, both personal and collective, in an
effort to render physical, in a simultaneously contemporaneous and fictional
account, the history and tradition of her islands.
Elisa Santos 2013
Alminhas
Catarina Branco
Portugal
21 Jun 2013 – 29 Set 2013
Jardim Gulbenkian
Entrada livre
Catarina Branco fundamenta e desenvolve o seu trabalho, a partir da plasticidade das vivências quotidianas e do imaginário popular, estabelecendo, para esse fim, relações internas. A emoção e o uso do recorte do papel, como técnica herdada dos seus antepassados, permitiram-lhe interpretar as histórias de um povo nas suas mais diversas formas. As quatro Alminhas surgem em diferentes espaços do jardim, preferencialmente em zonas com maior densidade vegetal, no meio das pequenas matas, por serem locais de repouso, de serenidade, de aparições, de revelações e de reconciliação, que conduzem a uma paragem quase obrigatória e à reflexão.
Alminhas
Catarina Branco
Portugal
21 Jun 2013 – 29 Set 2013
Jardim Gulbenkian
Entrada livre
Catarina Branco fundamenta e desenvolve o seu trabalho, a partir da plasticidade das vivências quotidianas e do imaginário popular, estabelecendo, para esse fim, relações internas. A emoção e o uso do recorte do papel, como técnica herdada dos seus antepassados, permitiram-lhe interpretar as histórias de um povo nas suas mais diversas formas. As quatro Alminhas surgem em diferentes espaços do jardim, preferencialmente em zonas com maior densidade vegetal, no meio das pequenas matas, por serem locais de repouso, de serenidade, de aparições, de revelações e de reconciliação, que conduzem a uma paragem quase obrigatória e à reflexão.
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